DESEJOS INSANOS
Pela noite, quando me deito,
Em viagem, pelos meus pensamentos, O coração se dilacera em meu peito E minh’alma deixa meu corpo, seu aposento. E pela janela de tua recâmara Te observo, oh!... Dormes como uma deia Envolto em lençol. Sento-me em tua cama E acaricio teus lindos cabelos, meneia. Então, ao deitar-me ao teu lado, a menear Tu começas... num gesto como que Pressintindo a minha presença, a me abraçar. Começas... Beijamo-nos e amamo-nos Pela noite sem fim. Como duas almas gêmeas Nos tornamos. Oh! Perdoa-me, por desejos insanos.
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 18/10/2012
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