ALMA DILACERADA
O coração quando, inesperadamente, apunhalado Pela rejeição de cupido, deixa-nos atormentado Com tormento cruel, bestial, e condenado Por Marte a uma guerra desigual, e, perpetrado Por uma dor gigante como Adamastor. O coração sangra e lavado nesse sangue de cor Preto, o homem geme, se contorce e suplica, sem pudor. Esquece do orgulho e chora, um choro de dor. A alma que outrora vivia, se dilacera, Em meio ao sofrimento da rejeição, Se debate como a mais ínfima besta fera. Resta-lhe uma única saída: aprender A conviver com essa dor, causado pelo amor Que nos rejeitou e nos faz tanto sofrer.
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 22/10/2012
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