Pais preparados, filhos vencedores
Estive refletindo nas palavras de um provérbio bíblico que nos fala o seguinte: “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá” (Prov. 23:13).
As minhas reflexões fizeram me ater nos seguintes vocábulos do enunciado: “disciplina” e “fustigares”. Em se tratando de educação de criança, hoje em dia, são palavras que muitos pseudos “pensadores”/“educadores” querem por força abolir do relacionamento educacional que recaem sobre os pais. Até lei foi criada para tolir a concretização de tais palavras. Sou pai de três lindos e maravilhosos filhos, dois meninos, 21 e 16 anos e uma menina de 17. Acho que posso falar com propriedade sobre o assunto. Pretendo contribuir com a minha teoria e prática, pois há muitas pessoas que só têm teoria aprendida ( não posso dizer apreendida) em livros e manuais. Creio que a Bíblia é de inspiração divina, pois sou 100% criacionista. Portanto, certo estou de que ela já mais daria um conselho errôneo. Então, como entender o uso da disciplina e da fustigação, como meios de se educar uma criança, um filho? Bom! A palavra disciplina, no versículo, tem dois significados semânticos. O 1° é o mais conhecido; tem significado de correção, repreensão, castigo. O 2°, não muito conhecido, no entanto, é o mais importante, a meu ver, pois tem significado de professor, de mestre do discípulo. Talvez o leitor esteja se perguntado, “como assim, significado de professor, de mestre do discípulo?”. Explico-me. A presença de um professor idôneo, irrepreensível em sua conduta é, incontestavelmente, a personificação da disciplina para o discípulo. Não me refiro aqui a um professor de escola, a alguém que se formou em uma faculdade, uma universidade. Não, não me refiro a essa classe de profissionais. Faço referência ao primeiro e mais importante professor que uma criança deve ter. isso mesmo! Os pais. Observe que o provérbio diz para não retirarmos da criança a disciplina. Logo, não podemos privar (pois retirar, aqui, também é privar) a criança da presença dos pais. Acredito que os pais disciplinam os filhos com suas presenças irrepreensíveis. Fazendo, agindo corretamente diante dos olhos dos filhos, com certeza eles imitar-los-ão. Não há como negar que aquela conversa fiada de “faça o que mando, mas não faça o que faço”, nunca educou e nunca educará ninguém, muito menos uma criança. Infelizmente, há um grande número de crianças que são privadas da presença dos pais. Há pais que esquecem que presente sem presença é suborno. Há pais que dão presentes, sem estarem presentes. É preciso “ensinar a criança no caminho em que devem andar”. Observe que a preposição “NO” é a contração da preposição “EM” mais o artigo “O”. Portanto, os pais devem estar juntamente com a criança “no caminho” e não simplesmente indicar ou apontar o caminho. Reflitamos nós, agora, sobre o vocábulo “fustigar”. Ao ler o verso bíblico vejo três significados semânticos: O 1° refere-se ao castigo físico. O 2° refere-se à palavra. O 3° refere-se ao exemplo. Fustigamos por meio do castigo físico, que vai de umas palmadinhas ao uso, se preciso for, do cinturão. É lógico que esse tipo de atitude deve ser usada em último caso. E dever ser usada sem a perda da razão e do amor paterno. Fustigamos também por meio da palavra sábia, por meio de um conselho apropriado e amoroso. Observe que me refiro a palavra “sábia”, porque a palavra impensada, a palavra áspera, a palavra ríspida matam. E o provérbio diz que a criança não morrerá. Infelizmente, muitos “pais” matam os seus filhos com palavras destituídas de amor paternal. Fustigamos também por meio do exemplo idôneo, por meio de uma conduta ilibada. Os filhos são, na maioria das vezes, o reflexo, a imagem dos pais. Os atos dos pais refletem-se nos atos dos filhos tanto genético quanto social. Gosto muito duma assertiva duma escritora estadunidense, Ellen G. White. A frase é a seguinte: “ Dá-se, entretanto, em geral o caso de os filhos andarem nas pegadas de seus pais. Por herança e exemplo os filhos se tornam participantes da conduta do pai. Más tendências, apetites pervertidos e moral vil, assim como enfermidades físicas e degeneração, são transmitidos como um legado de pai a filho, até a terceira e quarta geração. Esta terrível verdade deveria ter uma força solene para restringir os homens de seguirem uma conduta pervertida”.(adaptado) Portanto, se você quer ser bem-sucedido com pai, então seja presente na vida do seu filho e fustigue-o com palavras sábia e amoroso e, principalmente, com um bom exemplo. E não se esqueça “pais preparados, filhos vencedores!”.
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 26/10/2012
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