Manoel Barreto

Escrever é meu divã. Escrever é meu teatro. Não me procure em minhas palavras, pois não me econtrará

Textos

ETERNO SOLITÁRIO
Estava eu sentado em meu secreto aposento
De repente, arrebatado em meus pensamentos
Voei para o mais alto do céu e tu ali estavas
Linda como a luz da lua e os raios do sol.

E diante daquela divinal beleza
O meu desditoso coração sossegava.
Porque, lá, com minhas mãos te afagava.
Senti-me, desposando-te, uma realeza.

Alguém, então, bate na porta despertando-me
De meus devaneios. Quando acordo me encontro
Sozinho, procuro-te, mas, tudo em vão.
As lágrimas que brotam vem do coração.

Levanto-me, depois volto a sentar-me, ao chão.
Escrevo estes versos, lamentos, com carvão.
Logo em seguida, apanho uma corda no armário
E dou cabo de mim, um eterno solitário
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 08/11/2012
Alterado em 08/11/2012
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