Manoel Barreto

Escrever é meu divã. Escrever é meu teatro. Não me procure em minhas palavras, pois não me econtrará

Textos

O FIM DE TODO HOMEM

Esta minha vida,
Vida que vivo
A cada dia
Em um caminho
Só de ida
Faz-me tremer
Diante do espelho.
A palavra envelhecer
É para mim sofrimento,
Pois temo ficar velho.
Velhice me lembra morte
Morte me lembra esquecimento
Não por um momento,
Mas por todo o tempo.
Não temo a morte
Temo a sua forma.
A morte nem é fria
Nem é quente
A morte é morna.
Assim vou me acostumando
Com a ideia da morte.
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 11/11/2012
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