Manoel Barreto

Escrever é meu divã. Escrever é meu teatro. Não me procure em minhas palavras, pois não me econtrará

Textos

A LÍNGUA PORTUGUESA
Cheia de encanto e beleza
Com suas metamorfoses
E seus algozes.
Enaltece e ridiculariza.
Aos seus amantes e filhos escraviza.
De norte a sul
Por causa dela, de leste a oeste
Encontramos o intelectual
O doutor e o cabra-da-peste.
Cheias de normas cultas
Cheias de deformações incultas.
Dominá-la não se consegue.
É escorregadia como uma cobra
Mansa e meiga como uma pomba.
Cheias de figuras e vícios de linguagem.
Podemos usar uma metáfora,
Mas nunca uma ambiguidade.
Usar uma comparação é aceitável,
Entretanto, um pleonasmo é deplorável.
Catacrese, metonímia, elipse tudo é aceito,
Cacófato e barbarismo, que preconceito!
Mas e a comunicação? Como fica?
Continua a existir, de forma coloquial ou culta.
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 11/11/2012
Alterado em 11/11/2012
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras