Você pode até chamar de sorte o que  me aconteceu, mas prefiro chamar de proteção divina, de benção de Deus. Sou cristão convicto, leitor assíduo da Bíblia e não deixo um dia sequer de bater um bom papo com Deus tanto pela manhã quanto pela noite. Daí eu não acreditar em sorte, pois sorte lembra-me coisa do acaso, do destino e por ai vai.
     Alto lá! Não, não sou nenhum fanático. Só sou convicto mesmo.
     Ontem, 10/12/2012, saí de casa para o meu trabalho pilotando a minha motinha, como sempre faço. Ao chegar, por volta das 8 h, estacionei a moto na rua, em pleno comércio. Nesse lugar ficam estacionadas várias motos. É um fluxo constante de motoqueiros que entram e saem dali. Acho que a minha é uma das poucas que ficam estacionada por 6 ou mais horas ininterruptas.
     Às 14 h saí do meu local de trabalho e dirigi-me ao local onde deixo a moto estacionada. Peguei a minha mochila. Amarrei-na no local do garupa. Coloquei o meu capacete. Sentei-me na moto. Meti a mão no bolso da calça.
     Para a minha surpresa e pânico a chave não se encontrava no meu bolso. Interessante como a nossa mente é capaz de fazer uma retrospectiva de todos os nosso passos em milésimos de segundos. E foi exatamente isso que ela fez. Mas ela não encontrou nada em sua busca. Todos os meus arquivos estavam como que corrompidos. Meu sistema operacional estava travado. O susto foi muito grande.
     Nessa hora, a única coisa que meu cérebro conseguia dar ordem era para os meus olhos, pois o restante do meu corpo estava completamente paralisado.
     Foi aí que olhei para a ignição da moto e vi, com esses olhos que os germens hão de comer, que a chave estava lá. Nessa hora todo o meu sangue foi injetado com toda força para os meus pés e logo em seguida injetado para para a minha cabeça. Nossa que dor.
     Respirei fundo e agradeci a Deus pela proteção. Fiquei feliz em saber que Ele protege-me sem eu merecer.
     Não adianta querer questionar comigo, não. Para mim isso foi um verdadeiro milagre. Afinal de contas estamos em pleno momento natalício, nada melhor do que um presentão desse para um ladrão de plantão, não acha?!! ( a aliteração, foi só para rimar).