COMETÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2º SEMESTRE 2013 (PROFETA JONAS)
ANSIOSO PARA PERDOAR VERSO PARA MEMORIZAR: “Com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação!” (Jn 2:9) LEITURA DA SEMANA: Jn 1-4; Sl 139:1-12; Is 42:5; Ap 10:6; Mt 12:39-41; 2Cr36:15-17 PENSAMENTO-CHAVE: o livro de Jonas revela, entre outras coisas, que Deus está mais disposto a perdoar do nós geralmente estamos. SÁBADO (04/05/2013) O livro do profeta Jonas ocupa a 5ª posição entre os profetas menores. Na septuaginta, ele ocupa a 6ª posição. O significado de seu nome, segundo o dicionário bíblico John D. Davis, é pomba. A pomba é uma ave dócil, frágil meiga e assutada. Daí talvez, a fragilidade e meiguice e medo do profeta. Só relembrando, Nínive era a capital do império da Assíria. Tinha como divindade tutelar a deusa Istar. Nínive hoje é Beirute, capital dos homens-bombas. Nínive é chamada pelo profeta Naum de cidade de sangue (3:1), tamanha a crueldade de seus líderes e liderados dessa cidade. John D. Davis diz que “Asurnasirpal, por exemplo, estava acostumado, depois da vitória a cortar as mãos e os pés, os narizes e as orelhas, a tirar os olhos aos cativos e a fazer pirâmides com as cabeças humanas”. Talvez por isso o profeta Jonas não quisesse que os ninivitas se arrependessem e fossem salvos. DOMINGO (05/05/2013) O PROFETA DESOBEDIENTE (Jn 1) Uma parte da biografia do profeta Jonas é bastante interessante e também intrigante. Como pode um profeta verdadeiro fugir, ou melhor, “tentar fugir” da presença do Senhor Deus, o qual “fez a terra e o mar” (1:9), para não cumprir a tarefa que lhe fora designado? Como pode um pregador do evangelho eterno não querer que alguém ou uma nação ouça a mensagem da salvação eterna? Como pode uma pessoa passar 3 dias e 3 noites na barriga de um grande peixe e de lá orar e sair vivo? Pois é! Por mais estranha que essa História possa parecer, ela é verdadeira. Algumas pessoas, no entanto, acham um grande absurdo o relato de um peixe ter engolido a Jonas inteiro e vivo. Mas, meu querido amigo, não duvide do poder e da palavra de Deus. Eu acredito tanto na veracidade da Palavra escrita de Deus que se ela dissesse que foi Jonas que engolira por inteiro e vivo a um tubarão ou a uma baleia, ainda assim, eu acreditaria. Tudo isso por que sei em quem tenho crido. O capítulo 1 do livro do profeta dialoga com o salmo 139:1-12, pois nesse verso, o salmista nos alerta de que não há lugar ou tempo para onde possamos fugir da presença de Deus. A História da tentativa de fuga da presença de deus é longa e tem sua origem já na entrada do pecado em nossa planeta. Quando o primeiro casal, Adão e Eva, pecaram, eles tentaram se esconder dos olhos de Deus. Caim também tentou fugir, mas o relato bíblico narra que eles não conseguiram. Quantas vezes já tentei fugir da presença do meu Deus e não consegui? Várias. Às vezes o fato de Que saber que Deus, não somente sabe onde estou, mas sabe e conhece o meu pensamento, mesmo antes de eu pensar (Sl 139:1-14), causa-me espanto e vergonha. Quantas vezes já tentei esconder de Deus os meus pensamentos? Quase sempre. Hoje sei e não tenho dúvida de que todo esse cuidado de Deus por nós é unicamente promovido para a nossa salvação e bem-estar. SEGUNDA-FEIRA (06/05/2013) TESTEMUNHA RELUTANTE Os versos seguintes Jn 1:9; Ap 14:7; Is 42:5; Ap 10:6 falam de Deus como criador e mantenedor de todos as coisas existentes na natureza. Esses versos também falam que Deus cobra e continuará cobrando devido respeito e reconhecimento por parte de nós seres humanos. Jonas relutou o quanto pode para não testemunhar do grande amor de Deus por nós pecadores, independente de qualquer coisa até mesmo a nacionalidade, não importa para Ele se somos hebreus, como Jonas, ou se somos ninivitas. Todos temos direito a salvação eterna, bastando para isso aceitarmos essa salvação oferecida de graça a nós. O testemunho do profeta foi compulsório,ou seja, à força. Foram os homens que estavam no navio que fizeram um verdadeiro interrogatório: “declara-nos, AGORA, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu? Quantas e quantas vezes já fomos forçados, por meio de indagações, a dar testemunho a outras pessoas, por causa do nosso silêncio e vergonha de testemunharmos que servimos e tememos o “Senhor que fez a terra e o mar?” Quantas e quantas vezes preferimos falar e demonstrar o nosso conhecimento acadêmico-científico, em vez de falar e demonstrar o nosso conhecimento e relacionamento com Deus, o Todo-Poderoso? TEÇA-FEIRA (07/05/2013) O SALMO DE JONAS O capítulo 2 de revela a profunda angústia, dor e ao mesmo tempo alegria, confiança e certeza na salvação vinda de Deus. Acho que ninguém foi tão profundamente lançado ao abismo do que o profeta Jonas, a não ser o próprio Cristo. Às vezes se faz necessário vir as calamidade, os sofrimentos e as angustias, para ouvir a voz de Deus. Deus sabe que muitos de nós, assim como foi Jonas, só será encontrado no fundo do poço, em situação extrema. Mas se preciso for, Deus irá nos buscar lá no fundo do poço que nós mesmo cavamos. O profeta nos mostra que não há lugar para onde fugir da presença do Senho Deus. Todas as coisas serão um dia reveladas, queiramos ou não. QUARTA-FEIRA (08/05/2013) MISSÃO VITORIOSA (Jn 3; Mt 12:39-41; 2Cr 36:15-17) O capítulo 3 de Jonas relata quatro pontos importantes: 1° Uma nova oportunidade de arrependimento ao profeta Jonas e, por conseguinte, nova oportunidade de ir a Nínive(3:1); 2° A pregação de Jonas sobre a provável destruição de Nínive (3:4); 3° O arrependimento e conversão do rei de Nínive e de todos os seus súditos (3:5-9); 4° A aceitação das orações, jejuns, sacrifícios e humilhação dos ninivitas, por parte de Deus (3:10). Fico pensando nas seguintes palavras: “veio a Palavra do Senhor, segunda vez a Jonas” (3:1). Existe aí uma grande lição a ser extraída, a saber, quando Jonas tentou fugir para Társis, ele rejeita a Palavra do Senhor. E se rejeita a Palavra do Senhor, então se rejeita a salvação oferecida por Deus. Porque não há salvação sem aceitação das ordens e imperativos de Deus. E também não há salvação sem pregação do evangelho, pois a pregação da Palavra de Deus é um dever comissionado a todos quanto se dizem servos seus. Além disso, Deus queria mostrar a Jonas que a situação dos ninivitas não era diferente da do profeta, e assim como ele, os ninivitas mereceriam uma nova oportunidade de arrependerem-se e salvarem-se. Fico pensando também na maneira e estilo da oratória utilizados ao pregar na cidade der Nínive: “ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (3:4). Foi uma pregação “curta e grossa”, falando de maneira mais coloquial. Percebe-se que Jonas tenta esconder dos ninivitas a mensagem CONDICIONAL de destruição, bem como a mensagem CONDICIONAL de salvação, ou seja, ele deveria pregar da seguinte maneira: ainda quarenta dias, caso Nínive não se arrependa, será, então, subvertida. Assim acho eu. Há na pregação de Jonas certa contrariedade em relação ao verdadeiro propósito de Deus, que é a salvação de todo aquele que se arrepender e se converter dos maus caminhos. Mas graças ao nosso bom Deus, mesmo contra a vontade do profeta, o povo ouviu a pregação e arrependeu-se e foi aceito por Deus. QUINTA-FEIRA (09/05/2013) PERDOADO, MAS INCAPAZ DE PERDOAR (Jn 4) Ellen G. White diz que o contrário do amor não é o ódio, como muitos pensam; o contrário do amor é o egoismo, pois o amor faz-nos pensar no OUTRO, no nosso semelhante, no nosso próximo, enquanto o egoismo faz-nos no EU, em nós mesmos, na nossa vida somente. O profeta Jonas é uma personificação do sentimento e inação, do egoismo do povo de Israel. Israel foi escolhido por Deus para ser o seu representante e divulgador do Seu imensurável amor, mas infelizmente falhou, não cumprindo esse propósito divino. Jonas também é a personificação de todo cristão que aceita a salvação de Deus, mas fica calado e não prega a Palavra. Quando cotejamos o verso 4 do capítulo 3 com o verso 2 do capítulo 4, entendemos por que Jonas foi “curto e grasso” em sua pregação, escondendo o verdadeiro propósito divino ao alertar a cidade de Nínive. Ele sabia que o que realmente Deus queria era salvar a todos os ninivitas e não subvertê-los. Jonas conhecia o grande amor de Deus pelo homem. Agora, façamos uma pergunta. Como Jonas sabia que Deus era “clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que se arrepende do mal”? Para que uma pessoa conheça tais atributos de uma outra pessoa, é necessário que aquela pessoa tenha experienciado em sua própria vida a clemência, a misericórdia, a paz, a benevolência e o perdão desta pessoa. É certo que Jonas já tinha vivido tal situação e tinha visto isso acontecer inúmeras vezes na vida do povo de Israel. Daí, tal vez, o fato do profeta ter pedido para morrer,pois ele sabia que Deus não o faria. Acredito que não existe perdão na vida de quem quer que seja,se esse perdão não brota e lança seus galhos para o lado de fora e alcança outros. Acredito que não existe perdão na vida de qualquer pessoa,se esse perdão não desabrocha e exala o seu maravilhoso perfume e alcança outros. O amor de Deus tem duas forças: a força centrífuga e a força centrípeta. A primeira, grosso modo, é aquela força que atrai as partículas e/ou objeto para o lado de dentro. A segunda, também grosso modo, é aquela força que repele as partículas e/ou objetos para o lado de fora. Assim acontece em nossas vidas: primeiramente o amor de Deus nós atrai para Ele, em seguida, esse amor EM NÓS é refletido aos outros. É causa e consequência. Impossível, portanto, ser perdoado e não perdoar.
Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 10/05/2013
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